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CIFOR–ICRAF addresses local challenges and opportunities while providing solutions to global problems for forests, landscapes, people and the planet.

We deliver actionable evidence and solutions to transform how land is used and how food is produced: conserving and restoring ecosystems, responding to the global climate, malnutrition, biodiversity and desertification crises. In short, improving people’s lives.

Parceria permite aprofundar pesquisas em temas amazônicos

Foto: ©Henrique Marques / CIFOR-ICRAF Brasil

O CIFOR-ICRAF e a Universidade Federal do Pará, por intermédio do Programa Trópico em Movimento, assinaram Termo de Cooperação. O instrumento formaliza a parceria entre as instituições que terá a duração até março de 2029, e permite a implementação de ações acordadas em plano de trabalho.

Os temas de interesse que podem ser contemplados no plano de trabalho são a elaboração de artigos científicos em conjunto, e a respectiva publicação dos mesmos; a realização de seminários científicos; a criação do Grupo de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas e Populações Amazônicas; a formalização de Estágios Acadêmicos para alunos de Graduação, entre outras iniciativas.

“O Termo de Cooperação Técnica focaliza o estabelecimento da cooperação técnico-científica para a construção de programas de pesquisa no desenvolvimento, assessoria técnica e capacitações para os protagonistas amazônicos (indígenas, quilombolas, agricultores, governos entre outros), fortalecendo a gestão de recursos naturais e o seu empoderamento, e analisando a questão da Sustentabilidade como desafio planetário”, afirmou o sociólogo e coordenador do programa Trópico em Movimento, Prof. Thomas A. Mitschein.

O programa visa contribuir para o desenvolvimento de sociedades sustentáveis – no meio rural e no urbano. A atuação educacional contempla planos de ação para estabelecer sociedades capazes de suprir suas necessidades de produção – consumo e desenvolvimento, com equilíbrio entre crescimento, preservação e qualidade de vida. Busca-se a formação de recursos humanos, pesquisa e extensão, criação e/ou consolidação das cadeias produtivas sustentáveis, melhoria da gestão municipal, inclusão socioambiental de populações tradicionais e indígenas, além de integrar parcerias nas esferas públicas, privadas e/ou não-governamentais.

CGIAR e CIFOR-ICRAF concordam em fortalecer a colaboração

Mulher colhe folhas de Gnetum spp. (okok) na aldeia de Minwoho, Lekié, Região Centro, Camarões. Foto: Ollivier Girard/CIFOR-ICRAF

Para enfrentar os desafios urgentes dos sistemas alimentares globais, o CGIAR e o Centro de Pesquisa Florestal Internacional e o Centro Internacional de Pesquisa Agroflorestal (CIFOR-ICRAF) anunciaram seu compromisso com uma maior colaboração para acelerar a transformação dos sistemas alimentares, terrestres e hídricos em face da crise climática.

Esse esforço conjunto aproveitará a experiência de ambas as entidades e avançará em uma ambiciosa programação conjunta para tratar de questões como degradação da terra, desmatamento, perda de biodiversidade e esgotamento de recursos hídricos.

O ponto central da colaboração é o reconhecimento do papel indispensável das florestas e das árvores no enfrentamento dos desafios globais. O acordo garante que a transformação do sistema agroalimentar englobe todos os setores relevantes, incluindo sistemas agroflorestais, caça, pesca, culturas e pecuária.

A colaboração foi consolidada em 7 de junho de 2024, quando as partes alinharam seu compromisso com uma abordagem de paisagem e ecossistema por meio de um Comunicado Conjunto.

Ambas as partes trabalharão para formalizar um relacionamento ideal. O One CGIAR saúda o engajamento contínuo e próximo do CIFOR-ICRAF no processo de elaboração do Portfólio de Pesquisa do CGIAR 2025-2030.

O CIFOR e o ICRAF são centros de pesquisa do CGIAR que trabalham para apoiar paisagens biodiversas e resilientes por meio do poder de florestas, árvores e solos saudáveis.

Leia o comunicado conjunto (em inglês): CIFOR-ICRAF e the Integrated Partnership

Um novo programa para alavancar Soluções baseadas na Natureza na Amazônia brasileira

ARCA possibilitará o desenvolvimento de inovações lideradas por povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares e dar escala a Sistemas Agroflorestais biodiversos, restauração ecológica e manejo sustentável de produtos da sociobiodiversidade.

 

Por meio de acordo de cooperação firmado entre o Centro de Pesquisa Florestal Internacional e o Centro Internacional de Pesquisa Agroflorestal (CIFOR-ICRAF) e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), tem início, no Brasil, o programa Agricultura Regenerativa para a Conservação da Amazônia (ARCA) com os objetivos de promover o desenvolvimento rural, a conservação da biodiversidade e a resiliência socioambiental dos povos e das comunidades tradicionais.

ARCA promoverá Soluções baseadas na Natureza (SbN) em zonas no entorno de Unidades de Conservação, Terras Indígenas, Quilombolas e Assentamentos da reforma agrária em sete territórios localizados em três estados amazônicos no Brasil, e terá uma duração de quatro anos. O programa tem foco na capacitação, colaboração e inovação, visando a adoção e disseminação de práticas regenerativas e soluções adaptadas aos contextos, enquanto fortalece a participação inclusiva e o acesso a recursos e mercados, e fornece subsídios para orientar políticas e investimentos.

Em uma perspectiva mais ampla, o programa busca reduzir indutores do desmatamento, como a degradação, as emissões de gases de efeito estufa e a perda de biodiversidade.

Os territórios de atuação direta do programa ARCA são o Nordeste e Sudeste do estado do Pará; o Portal da Amazônia e o Alto Xingu, no Mato Grosso; e o Mosaico Gurupi, Médio Mearim e Vale do Itapecuru, no estado do Maranhão. Todos estão localizados na parte leste do Arco do Desmatamento na Amazônia. O ARCA busca fomentar a conservação e restauração de Áreas Protegidas, ao mesmo tempo em que melhora os meios de vida das comunidades e promove a adoção de sistemas e práticas regenerativas na interface entre a floresta e a agricultura, restauração ecológica e o manejo de produtos florestais não madeireiros.

O programa é coordenado pelo CIFOR-ICRAF, envolvendo quatro parceiros estratégicos – Instituto Socioambiental (ISA), Instituto Sociedade População e Natureza (ISPN), Instituto Ouro Verde (IOV) e The Nature Conservancy (TNC) Brasil.

Os parceiros estratégicos desenvolverão a capacidade das organizações de base e dos parceiros locais e participarão de fóruns de governança nos territórios de atuação. Também vão gerir pequenos projetos dirigidos a organizações de base, colaborando na concepção conjunta de soluções tecnológicas, processos de planejamento territorial e insumos para proposição de políticas públicas.

Contexto

A Amazônia brasileira abrange uma rede de diferentes categorias de Áreas Protegidas (Unidades de Conservação, Terras Indígenas, Áreas Quilombolas, e Reservas Legais em Assentamentos de Reforma Agrária) que desempenham papel central na conservação da biodiversidade, no provimento de serviços ecossistêmicos e na perpetuação de povos e comunidades tradicionais. Essas extensões de floresta estão ameaçadas por fatores externos de degradação, incluindo exploração ilegal de madeira, sistemas agrícolas e pecuários que normalmente utilizam o fogo como prática de manejo da terra e plantios de commodities de baixa produtividade e diversidade.

Além disso, comunidades, instituições da sociedade civil, governos locais e proprietários de terras raramente têm acesso a ferramentas ou métodos de codesenho de soluções técnicas sob medida para diferentes objetivos e contextos locais.

O passo a passo do ARCA

As intervenções nos territórios de implementação do programa ARCA serão realizadas primeiramente por meio da mobilização de redes de unidades demonstrativas, mini paisagens (fazendas ou reservas coletivas) e projetos visando organizações de base e comunidades indígenas, principalmente nos entornos de áreas protegidas. Esse trabalho vai possibilitar inovações lideradas pelos agricultores e aprendizados para dar escala a Sistemas Agroflorestais biodiversos, restauração e coleta sustentável de produtos não madeireiros.

No nível de cada território, estudos combinados com monitoramento e modelagem vão alimentar os planos de uso da terra e dos recursos naturais. Atividades destinadas a fortalecer os fóruns de governança e a participação de atores locais vão contribuir para o desenvolvimento de modelos de negócios equitativos e salvaguardas socioambientais, reduzindo riscos e melhorando as condições para investidores e compradores do setor privado.

No nível mais amplo do programa, resultados vão integrar aprendizagens entre territórios, produzir publicações técnico-científicas e gerar recomendações para os níveis subnacionais e nacional de processos de políticas públicas.

Depoimentos

Conforme Andrew Miccolis, coordenador nacional do CIFOR-ICRAF no Brasil, o Programa ARCA é inovador ao atuar prioritariamente em áreas de amortecimento de áreas protegidas e com comunidades tradicionais e povos indígenas. “As instituições têm vasta experiência em implantação de agroflorestas, restauração, agricultura regenerativa, manejo de produtos florestais não madeireiros e governança. Essa associação de parceiros estratégicos vai possibilitar a transformação e o fortalecimento dos territórios, contribuindo para a conservação das áreas naturais e inclusão de agricultores familiares e comunidades tradicionais em processos ecológicos”.

Segundo Beatriz Moraes Murer, responsável do Instituto Socioambiental pelo ARCA, o ISA tem expertise no território do Xingu, onde as ações previstas foram pensadas para serem executadas em conjunto com a Rede de Sementes do Xingu – a maior rede de coletores de sementes nativas do Brasil, formada há 17 anos. “A partir dessa experiência, hoje temos o Redário, que reúne coletores de sementes nativas de quase todo país, a maioria de base comunitária. E a exemplo do Redário, a articulação entre as diferentes organizações com expertises complementares traz uma grande potência ao ARCA”.

Ana Tereza Ferreira, coordenadora do ARCA no Maranhão, lembra que o Instituto Sociedade População e Natureza (ISPN) é uma entidade que já tem atuação voltada para conservação ambiental, equilíbrio climático e uso sustentável da biodiversidade. “No Maranhão, um estado com um dos maiores índices de desmatamento do Brasil, o Programa ARCA é um passo importante em direção ao enfrentamento das desigualdades sociais, geração de renda, melhoria no acesso a mercados e escoamento da produção de agricultores familiares e povos e comunidades tradicionais. Tudo isso aliado à estratégia de agrofloresta, restauração, agricultura regenerativa e fortalecimento dos fóruns de governança da sociedade civil”.

Ana Carolina Bogo, coordenadora do Instituto Ouro Verde (IOV), comenta sobre a importância da parceria, especialmente considerando o cenário de atuação da instituição, que compreende a zona de expansão do agronegócio na Amazônia mato-grossense. “No Território Portal da Amazônia, norte de Mato Grosso, o Programa ARCA vem fortalecer as ações que o Instituto Ouro Verde desenvolve nas últimas décadas junto aos agricultores familiares da região, dentre elas a ampliação e qualificação da ação de crédito pelo Banco Comunitário Raiz, e também ampliação da comercialização de produtos agroecológicos e agroflorestais pelo SISCOS – Sistema de Comercialização Solidária; suporte às atividades da Rede Sementes do Portal da Amazônia; conexão de parceiros que pesquisam e atuam na linha da restauração florestal; formação de um coletivo de jovens comunicadores comunitários e outras mais. Estas ações estão orientadas pela preocupação do Instituto em fortalecer as agricultoras e agricultores familiares, suas comunidades e iniciativas para que continuem com suas práticas de cuidado com o ambiente e com o bem-viver, especialmente neste território, que é zona de expansão do agronegócio”.

Rodrigo Freire, líder de Áreas Privadas da The Nature Conservancy (TNC) Brasil na Amazônia brasileira, reforça que o Projeto ARCA busca potencializar o impacto positivo das ações de desenvolvimento das cadeias produtivas sustentáveis, conservação e restauração ambiental desenvolvidas pela TNC no sudeste do Pará há mais de 15 anos. “Por meio do ARCA, trabalharemos para fortalecer as capacidades das instituições de base da agricultura familiar, como cooperativas, associações e agroindústrias, assim como as lideranças rurais nos municípios de São Félix do Xingu, Altamira (via Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu) e Tucumã, através de treinamentos e capacitações em arranjos agroflorestais, restauração ambiental e agropecuária regenerativa. Atuaremos também no aprimoramento de governança multiatores do sudeste do Pará”. Para além das ações planejadas no sudeste do Pará, a TNC continuará trabalhando no aprimoramento de políticas públicas voltadas à restauração florestal na Amazônia brasileira, por meio da Aliança pela Restauração na Amazônia e seus membros, coletivo em que exerce atualmente o papel de secretaria executiva.

Contato: Julio Sampaio, líder do Programa ARCA  <J.Sampaio@cifor-icraf.org>

O programa ARCA é possível graças ao apoio financeiro da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

CIFOR-ICRAF implanta unidades demonstrativas no Brasil

O diálogo com agricultores, capacitação, planejamento e plantio leva cerca de um ano até a vitrine de agrofloresta estar implantada.

As Unidades Demonstrativas (UDs) são uma forma de demonstrar o processo de implantação de agroflorestas. Esse processo envolve diálogo e construção conjunta entre as famílias que se propõem a implantar uma unidade em suas terras e os técnicos do CIFOR-ICRAF Brasil.

A Unidade Demonstrativa tem um conjunto de objetivos. É exemplo de uma situação atingível, demonstra os princípios da agroecologia, pode ser utilizada para capacitação e é uma referência para expansão dos Sistemas Agroflorestais (SAFs).

No estado do Pará, no Brasil, o CIFOR-ICRAF implantou 14 UDs pelo projeto SAF Dendê, o que equivale a 30 hectares. Pelo projeto Acelerador de Agroflorestas e Restauração já são oito Unidades Demonstrativas implantadas na região Nordeste do estado, com perspectiva de aumento desse número. Essas UDs têm, em média, de um a dois hectares.

Processo
Segundo Jimi Amaral, coordenador de Transição Agroecológica do CIFOR-ICRAF Brasil, o processo de implantação de uma Unidade Demonstrativa é contínuo e dura cerca de um ano para completar todas suas etapas.

“A implantação de uma UD envolve tanto a pesquisa como o diálogo com as famílias de agricultores para o co-desenho do arranjo do sistema agroflorestal para o contexto daquela área, o que é baseado nos anseios e objetivos das famílias, assim como o trabalho em campo”, afirma.

Em um primeiro momento são levantados dados secundários e de contexto da área ou região com dados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para identificar se há áreas degradadas, aptidões agrícolas da região e usos do solo. A partir disso, são definidos municípios e regiões onde trabalhar. Começa, então, a fase de consulta com instituições e comunidades. Em seguida são identificadas famílias interessadas, suas aspirações e as condições biofísicas da área. Logo se inicia o diálogo para o co-desenho do arranjo com base no conhecimento híbrido entre técnico/a e famílias de agricultores para o espaço pré-determinado, balizando as aspirações das famílias e do CIFOR-ICRAF com base no contexto.

“A definição do arranjo leva em conta as plantas, a densidade dessas plantas, espécies anuais e outras com menor ciclo, e as posições dessas espécies no espaço pré-determinado para a agrofloresta e no tempo. Fazemos uma análise financeira do potencial daquele arranjo e apresentamos às famílias e só aí partimos para a implantação”, explica Jimi Amaral.

Todo o planejamento com as famílias, incluindo a aquisição de insumos e mudas, deve ser anterior à janela de plantio, ou seja, antes do início das chuvas que ocorrem entre novembro e dezembro.

A etapa de implantação também é conjunta, envolvendo o trabalho da família e a assistência técnica do CIFOR-ICRAF. O monitoramento do desempenho da UD é contínuo, com coleta de dados para fazer a análise financeira depois da implantação.

Para identificar famílias interessadas em implantar uma unidade demonstrativa de agrofloresta, o CIFOR-ICRAF Brasil conta com o apoio de instituições locais como secretarias de Agricultura e de Meio Ambiente, associações, cooperativas e sindicatos de trabalhadores rurais.

“O apoio das instituições locais é muito importante tanto para a informação e mobilização dos parceiros e recursos locais, como para identificar o potencial das comunidades”, afirma Jimi Amaral.

Pesquisa
A implantação de unidades demonstrativas é também uma oportunidade para a pesquisa. Como explica Jimi Amaral, os Sistemas Agroflorestais são muito dinâmicos e trabalham com a complexidade da vida, ou seja, com diversas possibilidades de arranjos e manejos.

A agroecologia é a ciência base da pesquisa nas UDs e trabalha com multi-fatores sendo comprometida com a transformação da forma de pensar e fazer agricultura, em que a produção de alimentos é realizada com a intensificação de práticas de manejo ecológico do solo e outros princípios e práticas que visam a melhoria de vida das famílias do ponto de vista social, político, ambiental e econômico.

“Nas Unidades Demonstrativas conseguimos fazer a coleta de dados e contar também com a contribuição das famílias nessa coleta. Um dos elementos de pesquisa é a análise financeira, monitorando e avaliando o desempenho desses sistemas”, explica Amaral.

“Estamos trabalhando também com a análise de juquira (vegetação que nasce em áreas abandonadas que antes eram campos de plantio e pastos) para entender a transição da vegetação que tinha na área para a composição que vai vir com a adoção dos sistemas agroflorestais. A dinâmica do carbono, quanto tinha antes da intervenção e quanto terá depois, também é importante para a pesquisa. Trabalhamos com a pesquisa no desenvolvimento, ou seja, promovemos a ação e pesquisamos os resultados a partir dessa ação”, conclui o coordenador de Transição Agroecológica do CIFOR-ICRAF Brasil.

Brasil: Dia da Amazônia é dia de mobilização pelas agroflorestas

Oficinas comunitárias são uma oportunidade para agricultores familiares tirarem suas dúvidas sobre como implantar agroflorestas e quais benefícios elas trazem.

No Dia da Amazônia, CIFOR-ICRAF Brasil divulga os benefícios das agroflorestas. Foto: CIFOR-ICRAF Brasil.

No Brasil, a data de 05 de setembro marca a celebração pelo Dia da Amazônia. Para o CIFOR-ICRAF Brasil é dia de divulgação e mobilização pelas agroflorestas na Amazônia.

Nesta terça-feira (05), será realizada oficina comunitária no município de Concórdia do Pará para um bom diálogo com os agricultores e agricultoras familiares da comunidade Nova Galiléia sobre os benefícios das agroflorestas e as oportunidades com o Projeto Acelerador de Agroflorestas e Restauração, que está sendo implantado em municípios do Nordeste do Pará pelo CIFOR-ICRAF Brasil.

Esta não será a primeira vez que a equipe técnica do CIFOR-ICRAF vai à Concórdia do Pará. Para preparar uma oficina comunitária, e falar diretamente com os produtores, é necessária uma articulação antecipada.

“A mobilização para as oficinas comunitárias é feita, inicialmente, a partir de contatos com diversos atores representantes do município (secretarias, sindicatos, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER, entre outras instituições). Por meio desses representantes é realizada a aproximação com as lideranças das comunidades. Então, é realizada a oficina com as lideranças e, em seguida, com a comunidade interessada”, explicou Francinete Almeida, técnica agroflorestal do CIFOR-ICRAF Brasil.

Durante a oficina preparatória com as lideranças locais, realizada em junho, foram apresentadas algumas das atividades realizadas na Unidade Demonstrativa 01, que pertence ao agricultor Dedi Nascimento e está localizada na comunidade Nova Galiléia. Na ocasião, foi reforçado o papel da UD como uma área que será utilizada pelo projeto Acelerador e pelo município para treinamentos e capacitações em sistemas agroflorestais (SAFs).

A oficina comunitária é um momento para explicar o que são agroflorestas e suas vantagens e as possibilidades aportadas pelo Projeto Acelerador de Agroflorestas e Restauração. Além de recuperar áreas improdutivas ou degradadas, apoiar a regularização ambiental de agricultores familiares e diversificar a produção de alimentos (para consumo próprio ou para venda), o projeto vai viabilizar mecanismos para participação no mercado de créditos de carbono, além de capacitar técnicos (as) agroflorestais para ofertar assistência aos agricultores familiares.

A realização da oficina conta com o apoio da Secretaria Municipal de Agricultura (SEMAGRI) e da Conselheira Elizete Moreira.

“No Dia da Amazônia, será importante ressaltar a necessidade de recuperação de áreas degradadas ou improdutivas. Além disso, os sistemas agroflorestais são muito importantes para a segurança alimentar das famílias e para a diversificação de produtos que serão colocados à venda pelos agricultores. Restaurar com agrofloresta, é dizer sim a vida; é confirmar que queremos garantir a biodiversidade e uma vida melhor para as próximas gerações”, concluiu Francinete Almeida.

Autora: Denise Oliveira – d.oliveira@cifor-icraf.org 

Capacitação em Sistemas Agroflorestais no Pará

Grupo de estudantes de especialização em restauração ambiental recebeu capacitação do CIFOR-ICRAF Brasil.

Alunos e professores do Curso de Especialização em Restauração Ambiental e Sistemas Agroflorestais na Amazônia, Belém (Pará), junho de 2023. Foto: Ianca Moreira.

Brazil_ Agricultores familiares, integrantes de movimentos sociais, quilombolas, indígenas, técnicos e professores do campo participaram da capacitação em diagnóstico, co-desenho e análise de desempenho de arranjos de Sistemas Agroflorestais (SAFs), ministrada por equipe do CIFOR-ICRAF Brasil no âmbito do Curso de Especialização em Restauração Ambiental e Sistemas Agroflorestais na Amazônia.

As metodologias que o CIFOR-ICRAF Brasil utiliza para co-desenho de arranjos agroflorestais baseados nos contextos foram apresentadas ao grupo de estudantes em junho de 2023, no campus experimental da Embrapa Oriental em Tomé-Açu, Pará. Durante a capacitação foi também realizada oficina prática de co-desenho em grupos, culminando com a apresentação e discussão de desenhos de arranjos agroflorestais entre toda a turma de aproximadamente 40 alunos e alunas.A metodologia parte do princípio de que se tratando de sistemas agroflorestais, pacotes prontos são muito pouco adequados para as diferentes realidades como as encontradas na Amazônia. O método de co-desenho é orientado por um conjunto de indicadores, que incluem desde as aspirações e aptidões da família, passando por acesso a recursos, características das espécies, até logística e mercado, resultando em arranjos mais adequados a cada realidade que por sua vez garantem melhores resultados tanto na adoção quanto na permanência dos sistemas.

A Especialização em Restauração Ambiental e Sistemas Agroflorestais na Amazônia é promovida em parceria entre o Instituto Amazônico de Agricultura Familiar (INEAF) da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e o Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronómica para o Desenvolvimento (CIRAD), contando com o apoio do CIFOR-ICRAF Brasil para a última etapa realizada.

Autora: Denise Oliveira – d.oliveira@cifor-icraf.org